O colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano, cerca de 30% de toda a proteína presente nos tecidos e órgãos. No tecido cutâneo é encontrada em 75%, nas cartilagens em 70%, nos tendões 85%, já no musculo esquelético 6% e na matriz óssea 20%. Até mesmo nos vasos sanguíneos é encontrado o colágeno com a função de fornecer elasticidade e flexibilidade. Já em outros tecidos confere estrutura, conexão e ainda apresenta a capacidade de manter a hidratação, o que é altamente favorável para a maleabilidade dos tecidos.
As proteínas colagênicas, quando pouco hidrolisadas, são macromoléculas com massa molecular média entre 350 a 450 KDáltons, ou seja, uma proteína composta por três cadeias peptídicas, em tripla hélice virada para direita, com uma composição de aminoácidos, quase 55% sendo glicina, prolina e hidroxiprolina. Este último aminoácido é bastante característico destas proteínas, sendo utilizado, inclusive, para sua identificação. Os outros aminoácidos presentes são lisina, alanina, metionina, serina, leucina, valina, isoleucina, arginina, ácido aspártico, glutamina, tirosina, treonina, histidina e hidroxilisina e o único que o colágeno não tem é o triptofano.
O colágeno hidrolisado é uma proteína solúvel e de alta digestibilidade, a qual apresenta uma massa molecular que pode variar de 1,5kDa até 5kDa, característica fundamental para a função otimizada dos peptídeos bioativos. A GELITA possui tecnologia de produção para realizar hidrólises específicas, com enzimas que clivam a cadeia peptídica em pontos definidos. O produto obtido é o que chamamos de peptídeos bioativos de colágeno, que oferecem um pool de di-, tri- e polipeptídeos que apresentam benefícios à saúde para os diferentes tecidos, quando ingeridos.
E como estas macromoléculas podem ser absorvidas? A biodisponibilidade dos peptídeos bioativos de colágeno (BCPs) é quase 100%, visto que se a ingestão é 10 gramas, cerca de 9,84 gramas é absorvida, já sendo detectada no sangue, através do aminoácido característico, hidroxiprolina, após 15 minutos, que chamamos de proteínas de rápida absorção. Do total ingerido, cerca de 10% dos polipeptídeos bioativos são absorvidos de forma intacta, enquanto que 90% são absorvidos na forma de aminoácidos livres, como também di- e tri-peptídeos bioativos.
Os aminoácidos livres absorvidos fazem diferença na funcionalidade no tecido cartilaginoso, por exemplo? Sim. Os aminoácidos livres servem como blocos naturais de construção das proteínas de colágeno no corpo, resultando em um efeito combinado com a principal função dos peptídeos bioativos de colágeno: estimular as células específicas do tecido conectivo – encontradas na pele, cartilagem, tendões e ligamentos - a produzirem novas proteínas de colágeno, renovando estes tecidos. Para isto, é preciso não somente os peptídeos bioativos para iniciar e otimizar o processo celular, como também os aminoácidos livres, os quais servem como blocos para a construção destas novas proteínas.
O colágeno hidrolisado é igual aos peptídeos bioativos de colágeno (BCPs)? Não. O colágeno hidrolisado é obtido através de um processo enzimático não específico, o qual resulta em peptídeos com características variadas, cuja função principal é uma melhor aplicação sensorial em alimentos e bebidas. Já os peptídeos bioativos de colágeno (BCPs) são obtidos por um processo enzimático específico e estritamente controlado, com o objetivo de produzir peptídeos com benefícios específicos para a saúde, e cientificamente comprovados, como por exemplo, VERISOL® para uma melhor aparência da pele, e FORTIGEL® para o fortalecimento das cartilagens.
Podemos ter um colágeno vegetal? Definitivamente não, pois o colágeno é encontrado somente nos tecidos de origem animal.